sexta-feira, 13 de junho de 2014

Diário de Bordo - A Copa do Mundo é nossa

A seleção brasileira pode perder a copa. O Brasil pode perder, e já perdeu, com a corrupção. Mas nós já ganhamos com a Copa do mundo.

Eu ganhei. Mimi ganhou. Gordo ganhou. Rafaelzinho ganhou. Gui ganhou. Guile ganhou. Negs ganhou. Michel ganhou. Teta ganhou. Ganhamos.

Ganhamos com a aproximação ainda maior da nossa amizade. Ganhamos novos amigos (até argentinos). Ganhamos diversão. Ganhamos mais estórias. Ganhamos a vivência que levaremos para o resto de nossas vidas.

A bordo de um Motorhome estamos percorrendo o país para acompanhar a copa do mundo, seus jogos, sua alegria, sua empolgação, seus turistas e toda a emoção que envolve o maior evento esportivo do mundo.

Nossa primeira parada foi no Rio de Janeiro, cidade maravilhosa. Na fan fest de COPAcabana cantamos o hino entoado por milhares de vozes em todo o país que mostraram que mesmo quando a música “acaba” o sentimento continua. Cantamos com a mesma emoção dos nossos 11 representantes na zona leste de São Paulo.

Acompanhamos a decepção pelo gol de Marcelovick, mas mantivemos a esperança que nos trouxe até aqui. Continuamos acreditando e acompanhando o jogo, menos o Mimi, que encontrou outra atividade mais divertida: ver a cara de bobo dos nossos amigos argentinos.

Eu, por uma causa ainda desconhecida, não estava bebendo nesse dia. Estranhamente estava doente, com uma dor de cabeça, sono, um certo enjôo e uma sede incontrolável.

Os demais, mantendo o nível alcoólico dentro do estimado, viram Neymar fazer seus dois gols e a coroação de Oscar. O merecido gol de quem jogou como jogou, de quem soube unir raça e habilidade, de quem teve a mesma sabedoria de Romário e Ronaldo para, em instantes, fazer todos os cálculos possíveis para colocar aquela esfera de 68 cm de circunferência dentro do retângulo de 7,32m por 2,4m no único local onde ela caberia sem a intervenção do goleiro Pletikosa.

Depois da festa, mais um pouco de festa. Hoje, encontramos a sorte de uma sexta-feira 13 e um problema na embreagem da nossa casa-motor coincidiu com um feriado em Nova Iguaçu. A mesma sorte e dificuldade que há em se fazer um gol de bico durante a Copa. O bico de Romário, de Ronaldo e de Oscar, que coincidentemente ou não, ocorreu nos anos em que fomos campeões.

O ônibus está parado em um posto onde assistimos juntos México x Camarões. O plano era ir à Fan Fest ver Espanha e Holanda. Não sabemos se iremos conseguir, não sabemos como a viagem vai continuar, não sabemos se iremos conseguir chegar a Belo Horizonte amanhã, onde temos um jogo para assistir, mas independente disso continuaremos juntos, tanto no perrengue do ônibus quanto na alegria de acompanhar a copa. Esses 34 dias juntos farão com que a Pitanguá Family se torne cada vez mais uma família.

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Pequenos aforismos de viagem:

- Se o Romário hoje é deputado o Saulo seria presidente.

- Depois da Copa o Tite vai ser técnico da Seleção.
- Ti, Ti, Ti, Te, Te, Te. Viva Tite.

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