terça-feira, 27 de maio de 2008

Será o Geraldão?

Andando pela Kennedy paro no sinaleiro com a Alferes Poli. Sou o primeiro a parar ao lado esquerdo, mas logo para outro no lado direito. Olho e grito baixo: “é o Geraldão!”. Ah, aquele foi um dos melhores professores que já tive, tanto na questão profissional quanto pessoal. O cara é muito gente boa. Parceirasso.
Não sei por que, mas não falo nada. Olho pra ele e ele pra mim. Fico na dúvida se é mesmo o Geraldão, bate uma insegurança. Não falo nada esperando que ele me aborde. Dúvida.
Enquanto minha namorada me olha resolvo olhar pra ela também. O cara se curva para me olhar. Penso: “Meu, é o cara!”, mas não falo nada.
Ele está com os lábios curvados para dentro da boca, mordendo-os, o que dificulta na identificação.
Está de bigode. O Geraldo às vezes usava bigode, mas geralmente estava de “cara limpa”.
Continuo olhando, ele também. Ninguém fala nada. De repente:
- Não sou eu né?
- Não.
Gargalhamos. Os dois. Abriu o sinal e fomos embora, sorridentes, mesmo que as pessoas de trás já tivessem buzinado.
Não era o Geraldo, mas valeu a risada. Depois disso, minha namorada comenta: “ele não deve ser curitibano né?”, respondo “provavelmente não”. É, o Geraldo também não era.

6 comentários:

Anônimo disse...

sensação boa de já conhecer alguém, hein!? melhor foi saber que não era, e assim mesmo parecer que era, de tão a vontade que o moço se deixou observar. bem diferente da sensação rotineira de conhecer alguém e ainda assim sentir como se fosse um estranho...

Anônimo disse...

É...essa sensação é muito boa e estranha. hehe
Quando vim para Itajaí, várias vezes me deparei com rosto parecidos com os que convivia na minha cidade. Com certeza algumas pessoas deviam achar que eu era louco ao ficar encarando. Foi engraçado, na medida em que as pessoas se aproximavam, em praticamente todos os casos, eu percebia que era mais um truque da minha mente. hehehehe Muito bom o texto. Valeu Fogo!

Anônimo disse...

O que falar do Geraldão? O cara realmente é muito foda!
Acho que é por isso que não dá aula na Universidade. É,Sei que parece estranho, mas é que a Universidade Positivo tem cota para bons professores, e ultimamente esse número tem sido bem reduzido.
"O futuro chegou".

Leônidas Vinício disse...

http://leonidasvinicio.blogspot.com

Geraldo Silva disse...

Olá moçada! Vi a msg do fogo(amigo véio, quase filho)e a coisa do blog, dei uma olhada e, feito besta (gente velha vai ficando cada vez mais besta)tô aqui meio com cara de cuchateado. Sei que o amor à vida e ao mundo começa pelo amor a nós próprios e às pessoas com quem temos a graça de conviver e é por isso, provavelmente, que dou aulas e, mais que isso, gosto de pensar em mim como um educador.
A despeito da massagem no ego, que é sempre bacaninha, tenho de dizer que não é por isso que não estou na UP. È por mim mesmo. De fato eu não soube dosar as coisas no processo. Sei disso hoje, mais do que sabia então. Há caras muito legais por lá e há muitos caras extremamente competentes. Nem todos, talvez sejam tão agradáveis quanto competentes, mas isso é um detalhe que independe da vontade das pessoas. Na verdade acho que tem mais a ver com química e essas viadagens de que entendemos pouquíssimos.
Trocando em miúdos... amo vcs.
Foguinho tu é do bem!!!! Valeu tudo!!!!
PS! Aquela da noite pensei que fosse daquela noite com a moçada, quando realmente estivemos em comunhão. Foi uma maravilha dormirmos sentados, todos e eu sei que é diferente pra vc e certamente não maravilhoso (essa expressão estranha é necessária) Enfim, (cara era só um PS [rsss]Amo vocês
TioGe

Evelise disse...

Geraldão está entre a lista dos melhores professores, não da faculdade, mas da vida toda.

Lembro de muitas coisas que ele ensinou na sacada azul da UP, na rádio teia, no corredor...ah, também na sala de aula!!Essa deve ser tua essência, não era professor só dentro de sala, tinha muito para ensinar onde estivesse!!

Saudades!